Canadense conta que a pequena não é chorona, e não se comove com qualquer música, só com essa.
A bebê da reportagem se chama Mary Lynn e a mãe dela gosta de cantar pra filha. E capricha numa música romântica dos anos 80.
A Mary Lynn se transforma, faz beicinho, sorri e até parece que vai chorar. O pai dela postou o vídeo na internet há duas semanas e já foi visto 18 milhões de vezes. Deixou muita gente emocionada e outras em dúvida.
Mas por que ele começou a chorar?
“Não é normal uma criança chorar ouvindo uma música”, destaca a mãe Ana Patrícia Ferreira.
A partir de quando começa a nossa capacidade de se emocionar? O que que mexe com a gente? Já é conhecida a força que a música tem pra despertar os sentimentos. Mas e com os bebês?
“As crianças nessa idade estão com isso bem desenvolvido, essa capacidade de explorar o ambiente ter a noção de que alguns sons representam coisas. Ela então já tem uma capacidade de atenção bem maior”, destaca o neurologista Charles André.
Os bebês prestam atenção na mãe, mas será que se comovem ainda tão novinhos?
Para a psicóloga Renata Castro, a bebê se comove não pela musica, mas pela ligação que tem com a mãe.
“Já perto de um ano, a criança, ela começa a desenvolver a empatia. Ela deve ter um vínculo com essa mãe muito forte. A partir do momento que ela vê a mãe cantar, por empatia, entende a emoção da mãe naquele canto e toca ela”, disse a psicóloga.
Amanda é mãe de Mary Lynn. A canadense conta que a pequena não é chorona, mas não se comove com qualquer música, só com essa.
A balada ficou famosa na voz do cantor inglês Rod Stewart. A letra fala de um coração partido.
Mas Mary Lynn compreende que é uma canção triste?
“Nós culturalmente sabemos o que é uma música romântica, o que é uma música agitada. Para criança, isso, esse aprendizado não está presente. E muito menos uma capacidade de entender aquela letra de forma clara ‘ah isso é uma mensagem triste’, explica o neurologista.
Essa capacidade só aparece mais tarde. “Dos dois aos três anos, ela já está com um vasto leque de sentimentos, emoções. Ela não está mais tão presa ao vínculo da mãe. Começa a fase do faz- de-conta, que também aguça a parte sentimental, emocional”, destaca a psicóloga.
Amanda garante que não foi truque. Senão, Mary Lynn ia chorar bem alto.
O beicinho de Mary Lynn não é o único a tremer por aí. A internet está cheia de bebês fofos que desmontam com uma cantoria.
“Eu diria para todas as mães, cante bastante pro seu filho. É uma ligação muito legal a criança ouvir cantar. Cante na hora do banho, cante na hora de dormir, cante na hora de brincar, canta na hora de acordar, porque é uma ligação muito gostosa”, diz Ana.
A Mary Lynn sabe bem disso.
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