quinta-feira, 23 de maio de 2013

Doação de óvulos em troca de tratamento de reprodução


Mulheres poderão doar óvulos em troca de tratamento de reprodução




A resolução do Conselho Federal de Medicina para a reprodução assistida vai permitir que mulheres doem óvulos em troca do tratamento. Veja as principais mudanças.
Foram 14 anos tentando engravidar sem sucesso, até que ela e o marido decidiram doar os óvulos em troca do tratamento. “Veio uma cliente e comentou comigo sobre a doação de óvulos. Eu resolvi doar para ajudar uma pessoa e assim a pessoa ajudaria também fazendo o meu tratamento. O resultado foi positivo. Estou adorando, estou grávida de gêmeos”, conta.
O sonho da futura mãe se tornou realidade e está agora regulamentado na nova resolução do Conselho Federal de Medicina. Foi estabelecida também a idade máxima de 50 anos para a doação de espermatozóides e de 50 anos para a gestação das mães fecundadas artificialmente. Para doação de óvulos a idade máxima de 35 anos.
Outra novidade importante anunciada pelo Conselho Federal de Medicina é o direito de casais homoafetivos e pessoas solteiras também se beneficiarem das técnicas de reprodução assistida. Nesses casos, o procedimento só não será realizado se o médico se declarar impedido por motivo de consciência.
Marisa e Joana estão juntas há oito anos e querem um filho. Elas consideraram as novas regras um avanço. Mas porque Marisa está prestes a fazer 50 anos, poderão ter que mudar os planos.
“Existe fazer a gravidez direto de mim com a compra de um sêmen ou possivelmente a adoção”, afirma a atriz Joana Mendonça.
“A maternidade é uma vontade minha e dela, mas ela não deixará de ser se houver uma adoção, e não no risco. Opções temos”, afirma a empresária Marisa Manfredini.
Para o especialista em reprodução assistida, a barreira da idade não vai ser um problema. “Essas mulheres estão recorrendo a tratamento agora possíveis porque na época delas não era possível. Durante um período vamos descobrir um hiato com essas pacientes, mas daqui para frente as mulheres não vão chegar a 50 ou 60 anos querendo engravidar”, afirma o especialista Isaac Yadid.
“O assunto é nacional, a lei é nacional. É uma evolução para a gente”, afirma o casal.
O tratamento de reprodução assistida ainda tem o acesso restrito na rede pública. Apenas nove hospitais oferecem essa técnica de graça, pelo SUS. A fila é grande.
Em Brasília, o tempo médio de espera para a fertilização in vitro é de quatro anos e meio, segundo a Secretaria de Saúde.
No Brasil, ainda são poucos os hospitais que oferecem a técnica, mas nem todos os procedimentos são cobertos pelo SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, os hospitais que fazem o tratamento ficam em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Recife e Goiânia.
A cidade de Natal também recebeu um laboratório público de fertilidade assistida. A primeira tentativa deve ser realizada no mês de junho.



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